Ministério da Fazenda revisa projeção de crescimento do PIB em 2017 para 1,6%

Nova estimativa integra parâmetros do Orçamento e se baseia na melhora recente de indicadores, diz Carlos Hamilton

por publicado: 17/08/2016 18h43 última modificação: 17/08/2016 20h08


O Ministério da Fazenda revisou sua projeção para o crescimento do PIB do Brasil em 2017 de 1,2% para 1,6%. A nova estimativa faz parte dos parâmetros macroeconômicos que vão nortear a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o ano que vem. A previsão para o IPCA manteve-se em 4,8%, anunciou nesta quarta-feira (17/08) o secretário de Política Econômica do MF, Carlos Hamilton.

A revisão da estimativa para o PIB, segundo Hamilton, sustenta-se numa série de variáveis nos últimos meses que apontam para a melhora do cenário. “Desde o segundo bimestre deste ano, os mercados começaram a antecipar mudanças e nós vimos progressos relevantes em diversos indicadores financeiros”, afirmou ele.

O secretário citou como exemplos dessa melhora a queda à metade do CDS do Brasil, a redução das expectativas de inflação nos 12 meses à frente e a alta do Ibovespa. “Mas, paralelamente, temos observado também recuperação contínua e importante dos indicadores de confiança, quer sejam do consumidor ou do empresário industrial e de serviço”, afirmou ele.

Além disso, o secretário apontou que do lado real da economia  a produção industrial cresce há quatro meses, os estoques estão em queda e os pedidos em carteira estão aumentando, bem como a importação de bens de capital. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central, depois de vários meses em queda, subiu 0,23% em junho, citou.

Diante desse quadro, disse ele, a projeção de expansão de 1,6% para o PIB no ano que vem é factível e realista, e o processo de recuperação já começa neste ano. “As informações que a gente vem coletando sinalizam que a atividade econômica no segundo semestre vai ter desempenho muito melhor que o observado no primeiro. Nossas projeções indicam que no cenário base nós teremos crescimento do PIB no quarto trimestre”, disse Hamilton. Em 2017, apontou, boa parte da expansão virá da absorção doméstica, com destaque para o investimento.

Por lei, a PLOA deverá ser encaminhada pelo Executivo ao Congresso até 31 de agosto. A decisão de antecipar a revisão da estimativa para o PIB faz parte do entendimento de que a transparência é uma das variáveis mais relevantes para a condução da política econômica, conforme explicou o secretário. Segundo ele, quanto antes os agentes econômicos recebem uma informação, mais seguros eles se sentem para tomar decisões de consumo e investimento.

“Esse procedimento que está sendo inaugurado hoje será repetido de agora em diante sempre que couber. Ou seja, numa próxima oportunidade em que o governo for enviar um projeto de LDO, por exemplo, ou um projeto de Orçamento, nós vamos antecipadamente divulgar os parâmetros macroeconômicos que nortearão a elaboração desses documentos”, afirmou o secretário.

Hamilton também reforçou a importância da Proposta de Emenda Constitucional que limita os gastos públicos à inflação do ano anterior, depois de 18 anos de uma taxa anual média de crescimento real das despesas em torno de 6%. “A porta para a volta a uma expansão desenfreada da despesa pública sempre permaneceu aberta. E o que está sendo proposto agora é fechar essa porta”, disse ele. O controle da despesa, depois desse período de expansão insustentável, acrescentou o secretário, permitirá a retomada do crescimento econômico com estabilidade de preços, que é o objetivo final perseguido pelo governo.

fonte: http://www.fazenda.gov.br/noticias/2016/agosto/200bministerio-da-fazenda-revisa-projecao-de-crescimento-do-pib-em-2017-para-1-6

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